Você sabia que a Francisca do Socorro era Loira e tinha o Cabelo desgrenhado ?


Muitos argumentos e depoimentos da Sociedade Civil de Milagres, fala como era Francisca do Socorro e como vivia.

Excerto 01:

[...] Esse acontecido foi no ano de 42 para 43 (1942 para 1943). Eu não tou lembrada ainda não, mas eu sou testemunha assim, desse caso. Quando eu fui olhar a menina, vi assim, a meninazinha. 10 anos, 9 a 10 né, uma galeguinha, era galeguinha assim, desgrenhada, pobrezinha que não tinha nada, só tinha água no pote. Vivia numa choupanazinha e a mãezinha dela tinha chegado não sei de onde [...]. Eu sei que eles moravam aqui, mas não eram natural daqui. [...]. Era uma criança inocente. Vivia dentro daquelas matas com a maior precisão, pobrezinha. E acontecer isso com ela e por isso chama Santa Francisca. Eu mesma alcancei uma graça. Vivia doente, muito somente, de um nervosismo que me deu. Quase louca. Impressionada. Só vivia dentro de casa, assim recolhida né, era assim com medo do povo, aquele medo de tudo. Ate do anoitecer tinha medo quando chegava de noite me dava um medo assim na minha vida. Me peguei com ela. Alcancei a graça, que se eu ficasse boa ficasse de conta da minha casa, dos meus filhos, do meu esposo eu ia rezar um terço lá com umas meninas. Justamente, quando eu fiquei boa, juntei um bocado de crianças e fui rezar esse terço. [...].


Referências

ABREU, A. S. A arte de argumentar: gerenciando razão e emoção. São Paulo: Ateliê Editorial, 2006

ALVES, M. L; SOUZA, G. S. de. Na tensão de vozes, a (re)velação de imagens: o ethos de estudantes de letras em relatórios de estágio. Diálogo das Letras, Pau dos Ferros, v. 02, n. 1, p. 125 – 146, jan./jun. 2013. 

BRASIL. República Federativa do Brasil. Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República (PM-PR). Prêmio construindo a igualdade de gênero. Brasília/DF, 2015

CEARÁ. Estado do Ceará. República Federativa do Brasil. Museu do Poder Judiciário. Fortaleza: Tribunal de Justiça do Estado do Ceará, 2016.

PAPA, I. A. W. Os recursos de presença nos livros de auto-ajuda. Tese (Doutorado em Linguística e Língua Portuguesa) – Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Ciências e Letras, Campus de Araraquara – SP, 2006.

PERELMAN, C.; OLBRESCHTS–TYTECA, L. Tratado de argumentação: a nova retórica. Tradução Maria Ermantina Galvão PEREIRA. 3. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2014. 

REBOUL, O. Introdução à retórica. Tradução Ivone Castilho Benedetti. São Paulo: Martins Fontes, 2004

SOUZA, G. S. de. O Nordeste na mídia: um (des)encontro de sentidos. 2003. 398 f. Tese (Doutorado em Linguística e Língua Portuguesa). Universidade Estadual Júlio de Mesquita Filho, Araraquara, 2003

SOUZA, G. S. de. Argumentação no discurso: questões conceituais. In: FREITAS, Alessandra Cardozo de; RODRIGUES, Lílian de Oliveira; SAMPAIO, Maria Lúcia Pessoa (Orgs.). Linguagem, discurso e cultura: múltiplos objetos e abordagens. Pau dos Ferros: Queima Bucha, 2008.


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