Wilson Gonçalves o Politico do Cariri.

Wilson Gonçalves senador do CE 1963-1979.

Wilson Gonçalves cajazeirense nascido em 6 de Outubro de 1914, filho de Zacarias Gonçalves da Silva e Adilia Gonçalves Cavalcante, que perseguidos por jagunços foram obrigados a fugir do Crato para Cajazeiras.

Após a implantação do Estado Novo (10/11/1937), foi nomeado secretário-geral da Prefeitura Municipal do Crato, permanecendo no posto de 1938 a 1943. Em setembro deste último ano, foi nomeado prefeito da cidade, exercendo o cargo até novembro de 1945. Com a desagregação do Estado Novo e a reorganização partidária, colaborou na fundação, ainda em 1945, do Partido Social Democrático (PSD).

Discurso de Wilson Gonçalves em Milagres-Ceará

Reeleito deputado estadual em outubro de 1950, iniciou novo mandato em março de 1951, tornando-se líder do governo de Raul Barbosa (1951-1955). Novamente eleito em outubro de 1954, exerceu a vice-liderança da oposição ao governo de Paulo Sarasate (1955-1958) na Assembléia Legislativa do Ceará. Foi também membro efetivo do Conselho de Assistência Técnica aos Municípios do estado. Durante os anos que permaneceu na Assembléia cearense integrou diversas comissões, inclusive as de Constituição e Justiça e de Finanças, chegando a exercer a presidência desta última.

  • Em outubro de 1958, elegeu-se vice-governador do Ceará na chapa encabeçada por José Parsifal Barroso, apoiada pela legenda das Oposições Coligadas, formada pelo PSD e o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB). Permanecendo no cargo de fevereiro do ano seguinte a janeiro de 1963, assumiu o governo em diversas ocasiões em substituição ao governador.

Com a extinção dos partidos políticos pelo Ato Institucional nº 2 (27/10/1965) e a instauração do bipartidarismo, filiou-se à Aliança Renovadora Nacional (Arena), partido de apoio ao regime militar instalado no país em abril de 1964. Assumiu a vice-liderança da Arena no Senado em março de 1966. No ano seguinte integrou como sub-relator a comissão mista que examinou o projeto da Constituição de 1967. Deixando a vice-liderança da Arena em 1969, exerceu no ano seguinte a vice-presidência do Senado. Ainda em 1970 participou como representante do Senado em visita ao Nordeste com o objetivo de conhecer as providências tomadas pelo governo em socorro as zonas atingidas pelas secas, além de ter ocupado a vice-presidência do Senado.

Durante seu mandato legislativo (1963-1971) foi também presidente da Comissão de Projetos do Executivo, vice-presidente das comissões de Constituição e Justiça e de Relações Exteriores e membro das comissões do Polígono das Secas e do Distrito Federal do Senado, presidindo ainda comissão de inquérito para assuntos relacionados com o Departamento de Correios e Telégrafos (DCT).


No pleito de outubro de 1962 elegeu-se para o Senado pelo estado do Ceará com o apoio da coligação formada pelo PSD, a União Democrática Nacional (UDN) e o Partido Trabalhista Nacional (PTN), tendo obtido expressiva votação. Assumindo o mandato em fevereiro do ano seguinte, tornou-se vice-líder do PSD no Senado a partir de março, cargo no qual permaneceu após o movimento político-militar de março de 1964, que depôs o presidente João Goulart. Escolhido em maio daquele ano pelo presidente Humberto Castelo Branco para assumir a vice-liderança do governo no Senado, ocupou o cargo até o mês seguinte, quando se exonerou. Continuou porém como vice-líder de seu partido no Senado, assumindo a liderança de agosto a setembro de 1964 em substituição a Filinto Müller.

Reeleito senador pelo Ceará em novembro de 1970, chefiou a delegação brasileira à V Assembléia Ordinária do Parlamento Latino-Americano, em Caracas, na Venezuela, em agosto do ano seguinte. Em julho de 1972, presidiu a delegação brasileira ao I Seminário Continental sobre Colonização e Reforma Agrária, em Bogotá, na Colômbia. Em dezembro seguinte, chefiou a delegação brasileira à VI Assembléia Ordinária do Parlamento Latino-Americano, reunida na Guatemala. Chefiou, em fevereiro de 1975, na qualidade de vice-presidente da Junta Diretiva do Parlamento Latino-Americano, a delegação do Congresso brasileiro à VII Assembléia Ordinária do mesmo parlamento, em Caracas.

Enviou  varias emendas parlamentares para a cidade de Milagres, e ajudou em anumeras obras no município.

Integrou a primeira turma do Tribunal Federal de Recursos (TFR), a partir de novembro de 1978, e a sexta turma do mesmo tribunal a partir de agosto de 1980. Membro titular dos conselhos de Administração e da Justiça Federal do TFR, tornou-se ministro substituto do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Aposentado, passou a se dedicar a atividades privadas.
Jornalista, foi diretor do jornal cearense O Crato. Dedicou-se também ao magistério, tendo sido professor de direito comercial da Escola Técnica de Comércio do Crato, de instituições do direito público da Faculdade de Ciências Econômicas do Crato e de direito tributário da Escola de Administração do Ceará.
Faleceu no dia 12 de novembro de 2000.
Era casado com Amália Cavalcanti Gonçalves, com quem teve uma filha.
Publicou Síntese de uma atuação parlamentar (1978).


FONTES: ASSEMB. LEG. CE. Memorial; CURRIC. BIOG.; Diário do Congresso Nacional (27/4/70); Grande encic. Delta; Perfil (1972); Portal Direito2. Disponível em : <http://www.direito2.com.br/asen/2000/nov/16/machado-lamenta-morte-de-wilson-gonal ves>. Acesso em : 17 jul. 2009; SENADO. Dados; SENADO. Dados biográficos (8); SENADO. Endereços; SENADO. Relação; SENADO. Relação dos líderes; Súmulas.


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